segunda-feira, 14 de abril de 2008

como se fosse uma brincadeira de roda

Presenciei recentemente o encontro sutil e feroz dos meus extremos.
Como se fosse uma brincadeira de roda, eles se tocaram provocando oscilações rítmicas na intimidade do meu silêncio.
A felicidade de tão contente não se conteve e foi fazer uma visita à tristeza, como que pra sanar feridas que não têm cura, mas voltou logo e trouxe apontamentos dos desapontamentos acarretados pelo desastroso encontro.
O presente, com seus olhos curiosos rebuscou o passado deixando o futuro meio desarrumado, mesmo que fugaz foi capaz de causar um leve descompasso no meu coração.
Mesmo assim resolvi ir lá no fundo rebuscar as sutis diferenças dos extremos que há em mim, para que ciclicamente eles pudessem se resolver, assim:

O desinteresse deu espaço ao desejo;
Inimigo encontrou-se com primo-amigo;
A raiva cedeu à mansidão;
As lagrimas deram espaço ao vibrante sorriso;
O hippie deixou o chique desfilar com glamour;
O filme com pipoca se inquietou e foi escutar as batidas eletrônicas de uma boate;
A zona norte visitou a zona sul;
As expectativas transformaram-se em perspectivas concretas.

Dessa forma permiti ao meu interior desfrutar as oscilações provocadas por uma perigosa brincadeira de roda.


“Estou aproveitando cada segundo
antes que isso aqui
vire uma tragédia”











2 comentários:

Taciana disse...

eu só A-M-E-I, esse post!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

senti que tocou lá no fundo do meu ser. é eletrônico, porra!!!!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
um dia iremos a uma rave juntas, ok? :D

que tudo q se foi, tenha deixado a abertura pra tudo de bom que vem e ficará dentro de vc.

amo, amora!

:*

Deyvid Galindo Santos disse...

Quantos reflexos que causamos mesmo sem perceber, uns nos outros, dos outros, pros outros... pois é, sinto que ciclos e ciclos se repetem espiralarmente: a vida nos mostra que é preciso reinventar a cada momento, para tanto, lembro de uma música linda do gonzaguinha Redescobrir:

Como se fora brincadeira de roda, memória
Jogo do trabalho na dança das mãos, macias
O suor dos corpos na canção da vida, história
O suor da vida no calor de irmãos, magia...