terça-feira, 17 de janeiro de 2012

para você



Nunca desejei felicidade plena. Não sou de me iludir facilmente. Felicidade plena é tão subjetivo. E eu sempre tive dificuldades em lidar com aquilo que não é palpável. Desejei sim, uma vida tranquila. A ideia de tranquilidade sempre me pareceu mais alcaçável. E fui atrás. E, minimamente, consegui. Até você chegar. Bagunçando um juizo, sempre desajuizado.

Você disse que era possível. Eu acreditei. Permiti que minhas certezas se tornassem menos cristalizadas. E abri a janela da vida para novos horizontes. Um dia você me estendeu a mão e disse, vem. Eu fui. Não sem medo, mas fui. Aceitei aquele convite para dançar. E deixei-me levar pelos seus acordes. Somente seus. Um dia você disse que me amava. E, porque você disse, eu acreditei

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

o vento e o tempo



O vento sempre se encarrega de levar os desentendimentos. O mesmo que leva também aquilo que na verdade nunca importou. O vento só não leva são os aprendizados. E o tempo perdido com preocupações tolas. O tempo. Senhor de todas as coisas. Este sábio de bigodes brancos aprendeu a ser paciente. Resta a essência. Esta ninguém leva. Entre o tempo e o vento. A fé perene no amor. A fé no amor e na certeza de que cedo ou tarde os acordes sempre voltam a tocar no ritmo certo.