terça-feira, 25 de outubro de 2011

auto retrato



Memória, juízo e sorriso frouxos. Nem sempre doce. Muitas vezes sabor meio amargo. Combina com café. Minha paixão. Porque coca-cola é meu vício. Coca-cola e café, ótimas companhias ao meu cigarro. Mentolado. Café, coca-cola, cigarro e sexo. Não necessariamente nessa ordem. Noturnamente.


Insone por falta de opção. Ou seria por opção? Sexo, cigarro, coca-cola e café. Sim, eu me mantenho acordada velando o sono da cidade. E tenho muito sono de manhã, como Chico, o Buarque.


Nem sempre chata. Nem sempre simpática. Respeito bem as fases da lua. Preocupada, quase sempre. Eu sempre tenho pressa. Coca-cola, café, sexo e cigarro. Sempre.


Nunca sou metade. Sou inteira. Intensa. E abissal. Vivo dos extremos. Amor? Só se for de muito. Inteiro. Não procuro metade. Quero tudo. Ou nada. Espero entrega. Sim, eu estou entregue. E assim me traço. Entre outras paixões, meus tragos e goles de amor, sexo, cigarro, coca-cola e café.


quarta-feira, 19 de outubro de 2011

promessa de vida

Eu me guardo o direito de não aceitar provocações baratas. Eu me guardo o direito de permanecer acreditando naquilo que defendo. Eu me guardo o direito de fazer críticas internas, se preciso for, porque aprendi que roupa suja se lava em casa. Eu me guardo o direito de permanecer rebatendo críticas caluniosas. Eu me guardo o direito de defender o que acredito por correto.

Eu me guardo o direito de não misturar o pessoal com o político. Eu me guardo o direito de respeitar minha história. Eu não dou o direito a quem deseja desrespeitá-la. Eu me guardo o direito de mostrar minha cara. Limpa. Transparente. Porque assim fui educada.

Eu me guardo o direito de agradecer. Sempre. Eu me guardo o direito de reconhecer quem me fez chagar até aqui. Eu me guardo o direito de pedir ajuda. Gritar por socorro se preciso for. Eu me guardo o direito de assumir erros. Humana, demasiada, humana.

Eu me guardo o direito, sobretudo, de ser quem sou. Verborrágica. Verdadeira. Porque se assim não for, infarto cedo.

Pronto, falei.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

haikai infantil





acorda

a corda

a cor da

infância