quarta-feira, 26 de agosto de 2009

aquele vazio

é um não pertencimento profundo
como uma peça a mais numa engrenagem gigante
algo desconectado e sem funcionalidade
uma sensação de fracasso
como um jogo perdido na fase final


game over
tente outra vez!

terça-feira, 18 de agosto de 2009

circunstanciais

Num dado momento
Num recorte da vida
E de maneira circunstancial

foi o que eu aprendi das relações humanas
é triste!

sábado, 15 de agosto de 2009

a minha loucura

Luto contra a desigualdade
Repudio o preconceito
e não admito humilhação

e por isso eu sou taxada como louca!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

tudo por um olhar antropológico

Certa vez numa aula com uma figura pitoresca da universidade
tive o prazer de escutar (e anotar, claro!) a seguinte análise antropológica:

“Tem o morto, morto
E o vivo, vivo
Mas tem também
O morto-vivo
E o vivo-morto”

Não é fantástico?!
(risos)

domingo, 9 de agosto de 2009

Eu vou falar...

Com licença?!
É sério, essa "elite armorial" de Recife me causa ânsia!
Denomino por "elite armorial", essa galera que usa sandálias rasteiras da Richards ou vestido de xita da Cantão... Sinceramente viu?!
Não é nada logístico não, minha revolta vem da hipocrisia perpetrada por essa galera regionalmente demagoga...
Eles se fantasiam de “armoriais”, sertanejos, "da terra", mas em seus discursos e posturas é flagrante o preconceito e a manutenção do status quo.

- Sou de Pernambuco, leão do norte (leia-se NÓÓRRRTI, pra ficar claro o sotaque), adoro as manifestações culturais da minha terra, por isso uso sandálias rasteiras e xita por todo meu corpo e danço ciranda onde quer que esteja sendo entoada, porque é nosso hino, adoro assistir ao espetáculo da pobreza e não abro mão de encontrar gente bonita e descolada na galeria Joana D'arc!

Por esses dias eu tive o desprazer de presenciar manifestações "armoriais" de preconceito enrustido na espetacularização da pobreza. Os hábitos e posturas de crianças pobres alegraram a vida de um monte de riquinhos "armoriais”. As crianças de uma escola pública, provenientes de uma comunidade carente (não vou citar pra não expor) foram se apresentar e divertiram a platéia pela dificuldade em falar algo que é muito presente em suas vidas... O "pobrema"!
Putaqueopariu! Eu tive que alertar uma senhora “amorial”, de sandálias rasteiras e bolsinha descolada (que possivelmente era educadora da rede particular, pergunto: educadora?) para não rir dos erros verbais das crianças, pois se tratava de crianças com dificuldades educacionais... Tive como resposta: Não! Eu acho lindo, eles estão ótimos!
Caramba, teve uma criança que quase não se apresentava porque estava fraca de FOME! E a “elite armorial” estava se divertindo com elas.
Mas é bonito o discurso demagogo de democracia, espaço coletivo, acesso à todos, etc... Pergunto: assim?
Lembrei do zoológico onde os animais das celas animam a criançada...
É a mesma coisa de fazer excursão na favela da Rocinha no Rio de Janeiro, para ver e sentir a pobreza de perto e para os turistas voltarem ao seu país encantados com a pobreza brasileira, fala sério né? Sem contar que isso tem engordado a poupança de muitos empresários cariocas!

Vamos tratar com seriedade, a pobreza é real e não é bonitinho não! É foda passar fome, é foda não ter sandálias para calçar, é foda ser estigmatizado por ser de uma classe social inferior! E se acha tão bonito, troca de lugar por um só dia?
Pois é, não é nada engraçadinho minha cara Maria Bonita formada em Sorbone!

terça-feira, 4 de agosto de 2009

pelo aviso prévio

Pois bem!
estou cá, de idade nova e cheia de novas ansiedades
acontece assim:
o tempo vai passando e a gente nem se dá conta disso
no começo todo mundo diz que somos muito jovens
e que não devemos nos preocupar com isso ou aquilo
que devemos seguir a vida à toa e sorridente...
é lindo!
até percebemos que ninguém se importa em nos avisar que o tempo passou...
fuleragem heim?