segunda-feira, 29 de abril de 2013

tempo, mano velho!



E chega um tempo em que é necessário pararmos, respirar fundo e seguir. Notamos as lacunas deixadas em nossa história. Os sorrisos. Sabores. Flores. Perderam-se em algum lugar do caminho. Tempo de nova estação. Seguir. Esvaziados do que foi. Só para dar cabimento aos novos preenchimentos.

No descuido. Somos engolidos pelo tempo. Sedução dos dias. Ilusão da rotina. Resignificar. Fazer doer o que está sangrando e esperar a cura do próprio tempo. Momentos. De espera.

E chega um tempo em que sentimos dor. Dor de crescimento. Quando o corpo não está preparado para o engradecimento da alma. Elastece a carne. E o coração. Fazer doer o que tem pra seu doído. Até esgotar as possibilidades da recaída. Resta a saudade. E a esperança de que outros tempos virão.


para: Graziella Castanhari
foto: Recife