Eu não sei existir sem entrega. Às vezes eu preferia ser menos canceriana. A vida quis assim. A vida me fez assim. Intensa e abissal. De uma profundeza tão profunda que às vezes me perco e quando retomo tenho sempre escoriações que doem na alma.
Eu não sei lidar com o efêmero. Relações que vem e vão não me interessam. Relações frívolas me dão cansaço. Eu sempre me perco no tempo. E o tempo da frivolidade é rápido demais para toda essa profundeza que há em mim.
Eu não sei conviver com interesses. Custo acreditar que há maldade. Eu sempre acho que no mundo existe bondade. E me decepciono facilmente quando tenho que lidar com a maldade alheia.
Um comentário:
me questiono diariamente por que a cada dia que passa eu me torno uma pessoa mais fria.
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