sábado, 11 de setembro de 2010

never more baby

No dia em que o amor acabou, trajava roupas de gala, cruelmente triunfal. Os trajes contradiziam o que ele era, diretamente do Paraguay, eis o amor, no melhor estilo ex amor.

Muitas vezes destruiu sonhos, é verdade, mas eram nas mais perfeitas noites estreladas, saboreadas por um delicioso cabernet sauvignon. Tim tim, eu sou o amor! Toca um Dylan na vitrola que a felicidade nos espera.

Mentiras sinceras me interessam. “Paz na terra aos canalhas”. "Mil vezes um cafajeste à um corvade", já dizia Xico Sá.

A cortina caiu e denunciou a covardia. “Finja que não é com você”.

Covardia não! Pior defeito que se possa existir nesse mundo de meu Deus. Covardia esconde atrocidades.

Numa visão à lazer pudemos vislumbrar a tragédia. Do espectro doloroso vimos o amor covarde, desleal e desonesto. Aquele sonho dourado? Never more baby, ele nunca poderia lhe oferecer.

Pintava de amor-amante, digo, amante, com juras inatingíveis. Mon amour meu bem ma femme, caro Reginaldo Rossi, travestiam injúrias.

A ilusão chapuletou os sonhos. E o que era verdade, desmoronou. Destruição completa, até a reconstrução. Dias de sol estão à espreita.

Dessa vez, ganhou, mas foi de wo. Que feio!

Um comentário:

Karla disse...

A gente sempre se encontra em algumas minúcias, histórias se repetem, os momentos são lindos e apaixonantes, até que o fim chega e nos arrebata. Caímos e levantamos. Aprendizado – esse é o grande lance. Aprendemos a não abdicar de nós mesmos por ninguém, a nos amar. Ninguém precisa mais de nós do que nós mesmos [não esqueça disso].
Foi só a preparação para você viver o amor [de verdade]em sua plenitude – e ele vai chegar. Ele sempre chega.