Num dia destes fui surpreendida pela seguinte indagação:
- Como você se vê daqui a cinco anos?
Dei uma resposta hipotética de algo que nem tinha tanta certeza e no fundo me senti uma grande idiota em perceber que meramente havia projetado uma vida de comercial de margarina para ter como parâmetro uma vida feliz...
O fato é que essa pergunta não se esgotou com a minha resposta, passei o dia inteiro remoendo aquela intrigante pergunta, lembrei das vezes em que apliquei dinâmicas (que nem é meu forte e nem minha preferência, mas muitas vezes recorria a elas no trabalho com os adolescentes) que tinha como base esse tipo de pergunta:
"Como você estará daqui a dez anos?"
“Você se vê fazendo quais atividades daqui a três anos?"
Lembro ainda que eu fazia essas perguntas quando queria saber o nível de perspectiva do adolescente e se ele pensava numa vida diferente a que ele levava no momento.
Pensei em como a vida que eu projetava a cinco anos atrás tinha um cenário completamente diferente do que hoje eu estou atuando e como eu corro risco de projetar a vida mais inatingível para meu percurso.
Essa pergunta foi como uma agulha alfinetando a minha prepotência e que tal qual para os adolescentes em situação vulnerável de violência urbana e desorganização social percebi que projetar a vida é tarefa difícil para qualquer um.
É...
C'ést la vie
Um comentário:
pense que é pra mim também!
é incrivel como a gente sempre recorre aos comerciais de margarina!
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